A Comissão de Arbitragem da CBF reconheceu um erro na marcação de um pênalti a favor do São Paulo no empate em 0 a 0 contra o Vasco, ocorrido no último sábado, no Estádio de São Januário. Na ocasião, o árbitro Braulio da Silva Machado, de Santa Catarina, assinalou uma infração por toque de mão de Leo na área, com a aprovação do VAR. Entretanto, o goleiro Léo Jardim conseguiu defender a cobrança de Welington Rato.

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    Nesta terça-feira, a Comissão de Arbitragem da CBF tornou públicos os áudios da análise do VAR e expressou discordância em relação à decisão tomada. O presidente da comissão, Wilson Seneme, argumentou que o gesto de Leo foi um movimento natural do jogador e, portanto, a penalização não deveria ter sido aplicada.

     Na nossa visão, o Léo tem um movimento absolutamente natural. Ele tem esse movimento de estar com o braço para baixo, por mais que esteja um pouco afastado do corpo. A pergunta é qual seria a posição natural do braço dele? Não consigo visualizar outro movimento de braço para ele. Se ele estivesse com o braço mais aberto, aí sim configuraria a infração. Ele não tem que estar com o braço colado ao corpo ou para trás. Esses não seriam movimentos naturais. Ele não sabe o que o adversário vai fazer. Então esse braço para baixo é aceitável. A grande dificuldade de quem está no campo é a velocidade da bola. Mas a cabine do VAR tem todas as ferramentas para interpretar “, declarou Wilson Seneme.

    Perícles Bassols, membro da Comissão de Arbitragem da CBF, compartilhou a mesma opinião de Seneme.

    Ouvindo o trabalho que o VAR fez nesse lance, a gente constata que faltaram perguntas naturais para você achar as considerações. Isso é treinado. O jogador agiu de forma deliberada? O jogador não estava esperando a bola. Não foi uma dinâmica de bloqueio. Foi um movimento natural. Essa pergunta o VAR não fez, observou Bassols.

    Assim, em virtude desse incidente, o Vasco apresentou uma reclamação formal à CBF. Nesta terça-feira, o CEO Lúcio Barbosa e o diretor de futebol Paulo Bracks estiveram na sede da entidade. Portanto, o clube também levantou questionamentos sobre um pênalti não marcado envolvendo Gabriel Pec durante o primeiro tempo da partida.

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